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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

Circular - Agosto 2024

Foto | Circular - Agosto 2024 Foto | Circular - Agosto 2024

Prezados irmãos e irmãs,

                Neste mês dedicado à oração pelas vocações, continuo a fazer minhas considerações sobre a oração, como tenho feito a cada mês na circular mensal. No mês passado tratei da adoração, que deve ser a atitude de fundo para todo nosso relacionamento com Deus; agora, vou referir-me à oração de súplica.

                O Catecismo da Igreja Católica afirma que a súplica pode assumir diversos sentidos: pedir, clamar, gritar e mesmo lutar na oração. Por meio dela reconhecemos que nós não somos a nossa origem, nem senhores das adversidades que nos cercam, nem fim último da nossa existência. Além disso, somos pecadores e não poucas vezes nos afastamos do amor do Pai (n. 2629).

                Somos seres imensamente frágeis e limitados, sempre necessitados de ajuda, seja na esfera humana, como também no campo da graça. Santo Agostinho dirá que somos sempre mendigos que em tudo precisam da ajuda e do socorro divinos.

                A oração de súplica é a expressão da nossa carência, da nossa necessidade de ajuda. É a declaração de que tudo é graça, tudo nos é dado por Deus e dependemos sempre do seu auxílio em todas as nossas necessidades.  

                O próprio Jesus insiste para que apresentemos a Deus todas as nossas necessidades: “Pedi, e vos será dado; procurai e encontrareis, batei, e a porta vos será aberta. De fato, todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra; e para quem bate, a porta será aberta” (Lc 11,9-10).

                As palavras de Jesus, ao mesmo tempo que insistem na necessidade de em tudo referir-se a Deus, à primeira vista parecem indicar que a primazia está na atividade daquele que reza. Mas isso é só aparentemente, pois para rezar é preciso ser movido e antecipado pela graça, e quanto mais alguém for invadido pela graça de Deus, mas se tornará uma pessoa de oração.

                Quanto mais reza, mais se convence de que recebe tudo de Deus, de que tudo é dom da graça e que mesmo a nossa oração é fruto da graça.

                Quando alguém compreende isto – e esta compreensão é já uma graça – fica sobrenaturalmente livre de todos os problemas suscitados pelas filosofias modernas; fica liberta, sobretudo, das inquietações e preocupações da vida; estas permanecem, mas não criam mais nenhum constrangimento sobre ela, pois compreende-se que tudo pode ser resolvido pela oração.

                A oração de súplica mais extraordinária é a oração do “Pai nosso”. Como afirma o Catecismo da Igreja Católica, a súplica cristã está centrada sempre no desejo e na procura do Reino, como o que é necessário para acolhê-lo e cooperar com a sua vinda (cf. n. 2632).

                Ainda o Catecismo da Igreja Católica diz que “o pedido de perdão é o primeiro movimento da oração de súplica (cf. o publicano: “Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!” Lc 18,13). É a condição prévia de uma oração justa e pura. A humildade confiante nos põe na luz da comunhão com o Pai e seu Filho, Jesus Cristo, e uns com os outros; “qualquer coisa que pedirmos, dele a receberemos” (1Jo 3,22). O pedido de perdão é condição prévia da litúrgica eucarística, como da oração pessoal” (n. 2631).

                Entre as súplicas mais necessárias, é a de que não faltem operários para a messe do Senhor: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita” (Lc 10,2).

                Neste mês, em que o apelo para que o Senhor suscite vocações na sua Igreja, fica o convite para que rezemos pedindo muitas vocações para os diversos estados de vida na Igreja! Depende da nossa oração ministros, pais e mães, consagrados que se entreguem de corpo e alma ao serviço do Reino no nosso tempo.

 

Dom Milton Kenan Júnior

Bispo de Barretos

  

AGENDA EPISCOPAL

AGOSTO 2024

 

2 -  Confraternização do Clero, por ocasião do Dia do Padre

4 -  Encontro Diocesano das Famílias, no Salão Comunitário da Igreja matriz de S. Luís Gonzaga, em Barretos, das 8h às 12h.

5 a 8 – Retiro Espiritual para o clero de Franca

11 – Missa no Carmelo de S. Teresa e S. Miriam, em Franca, com as relíquias de S. Teresa do Menino Jesus, às 15h

 13 – Manhã de Espiritualidade com o clero do Sub-Regional RP2, em Fernandópolis.

 14 – Reunião do Conselho Diocesano de Ass. Econômicos, na Cúria Diocesana, às 9h

 16 – Santa Missa com Ordenação Diaconal do Seminarista Willian Ricardo Santos dos Reis, na Igreja Matriz de São José em Morro Agudo, às 19h30

 17 e 18 – Encontro de Espiritualidade com a Comunidade Pantocrator, em Campinas

 20 – Reunião do Conselho de Presbíteros, na Residência Episcopal, em Barretos, às 9h.


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