Multimídia - Circulares
Circular de Junho 2024
Prezados (as) irmãos e irmãs,
Depois de termos tratado da oração como ato de fé e de esperança, vamos, neste mês tratá-la como ato de amor, que é o fundamento de toda oração.
Nós podemos dizer que a oração é o lugar onde podemos exercer, aprofundar e purificar o amor. É uma escola maravilhosa e eficaz de amor, onde aprendemos a paciência, a fidelidade, a humildade e confiança: atitudes que expressam o amor de maneira autêntica e verdadeira.
Se nos perguntarmos qual o lugar do amor na oração, podemos responder que o amor é a meta da oração e ao mesmo tempo juntamente com a fé e a esperança, o seu meio principal.
Santa Teresa de Ávila insiste nesse ponto quando se refere à oração: a oração não se trata de pensar muito, mas de amar muito. Ela diz que, embora nem todos sejamos dotados de uma grande imaginação, todos temos capacidade de amar, e por isso somos aptos para a oração.
A oração é um ato de amor a Deus. Rezar é acolher com confiança o amor de Deus. Na oração nós nos deixamos amar por Deus. Isso à primeira vista pode parecer algo simples, mas não é. Custa-nos viver isso: não cremos o bastante nesse amor, pois muitas vezes nos sentimos indignos dele, e concentramo-nos mais em nós mesmos do que n´Ele.
Permitir que Ele nos ame, por assim dizer, em vez de agir por iniciativa própria. A atividade que mais conta na oração não é a nossa, mas a de Deus. Cabe a nós somente receber!
A definição que Santa Teresa de Ávila dá de oração – “tratar de amizade com quem sabemos que nos ama” – deixa bem clara a precedência do amor que Deus tem por nós. Santa Teresinha do Menino Jesus dirá: “O mérito não consiste em fazer nem em dar muito, mas antes em receber e amar muito” (Carta 142).
Na sua autobiografia, Santa Teresinha, que tinha o defeito de adormecer com freqüência durante a oração (não por má vontade, mas por uma fraqueza da sua juventude e falta de sono”, diz: “Estou verdadeiramente longe de ser santa, e isto já é uma prova: em vez de me alegrar da minha aridez, deveria atribuí-la ao meu pouco fervor e fidelidade. Deveria ficar desolada por dormir (após sete anos) durante as minhas orações e ações de graças. E, portanto, não fico desolada ... Penso que as crianças agradam os seus pais quer durmam, quer estejam acordadas” (Ms A, 75vº).
Com humor Santa Teresinha deixa bem claro que amar a Deus não consiste principalmente em fazer coisas por Deus (do que Ele teria necessidade?), mas em deixar-nos amar por Ele, em crer no seu amor por nós. É isso que o agrada.
Mas é verdade também que a oração é a nossa resposta ao amor que Deus tem por nós. Rezar é dar-lhe o nosso tempo, e o tempo é a nossa vida! Além disse na oração oferecemos a nós mesmos a Deus, entregamos a Ele o nosso coração e toda a nossa vida. Para pertencermos a Ele por inteiro, fazemo-nos disponíveis à sua vontade, expressamos o nosso amor, fazemos propósitos nesse sentido também.
A oração é também um ato de amor pelo próximo. Às vezes, de maneira consciente e explícita, quando intercedemos por ele. Mas mesmo quando o próximo não ocupa os nossos pensamentos, agimos com caridade para com ele, pois a oração nos pacifica, nos suaviza, nos faz humildes e misericordiosos, e as pessoas que Deus põe no nosso caminho com certeza beneficiam-se disso.
Na oração podemos estar unidos de maneira certa a todas as pessoas, nas suas necessidades e nos seus sofrimentos. É uma provação quando não podemos ajudar alguém que amamos ou que precisam de ajuda e não temos possibilidade de ajudá-las diretamente. Sentimo-nos muitas vezes impotentes e desarmados para socorrer as pessoas que amamos. Felizmente, ainda temos a oração! Que presente de Deus!
Mas, a oração é também um ato de amor por si mesmo. Amar traz-nos o maior dos benefícios. Dá-nos o bem mais essencial, que é Deus em pessoa e tudo o que encontramos n´Ele: confiança, paz, luz, força, crescimento.
Dom Milton Kenan Júnior
Bispo Diocesano
AGENDA EPISCOPAL
JUNHO 2024
4 a 6 – Assembléia dos Bispos do Regional Sul, em Itaici
7 – Celebração do Dia Mundial de Oração pela santificação dos sacerdotes – no Santuário Diocesano Nossa Senhora do Rosário, em Barretos, às 10h.
8 – Santa Missa e lançamento da Pedra Fundamental da Igreja de N. Sra. do Perpétuo Socorro - Bairro América - Barretos, às 19h30
11 – Reunião do Conselho de Presbíteros, na Residência Episcopal, às 9h
13 – Santa Missa na Igreja Matriz de Santo Antônio, em Barretos, às 9h
14 – Santa Missa com instituição nos ministérios de leitor e acólito, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Abadia, às 19h30
15 – Santa Missa na Capela de S. Antônio, em Ribeiro dos Santos, às 18h30
18 – Reunião da Comissão da Cidade de Maria, às 20h
20 – Reunião Geral do Clero, na Casa de Encontros D. Antonio Mucciolo, às 9h
23 – Santa Missa na Igreja Matriz de São João Batista em Barretos, às 9h.
24 – Santa Missa na Igreja Matriz de São João Batista em Olímpia, às 19h.
26 – Santa Missa no Seminário Maior do Sagrado Coração de Jesus, em S. José do Rio Preto, às 18h
27 – Santa Missa na Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, às 19h30
30 – Missa na Concentração Diocesana do Apostolado da Oração, em Severínia, às 9h.