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Segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
Diocese promove formação sobre a Campanha da Fraternidade 2018 que tem como tema a superação da violência
A Campanha da Fraternidade 2018 (CF-2018), cujo tema é “Fraternidade e Superação da Violência”, e o lema “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8), tem início no dia 14 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas. No domingo (28), a equipe diocesana da CF promoveu uma manhã formativa para representantes paroquiais na Cúria Diocesana. Aproximadamente 100 pessoas participaram do encontro.
O bispo diocesano, Dom Milton Kenan Júnior esteve presente e falou aos participantes que o objetivo da CF-2018 tem como objetivo construir a fraternidade promovendo a cultura da paz, da reconciliação e da justiça à luz da Palavra de Deus como caminho de superação da violência. “A Campanha deste ano toca em uma das realidades mais cruéis que é a questão da violência (...). A violência não se vence apenas com a polícia, com armamento, com prisões. Isso não é suficiente para superarmos a violência”, destacou ainda ressaltando o Texto-Base da CF que diz que a violência surge aonde o poder público se ausenta, dentre outros fatores. “Se a gente quer um mundo sem violência é preciso que a gente se empenhe por uma cultura de paz!”, exclamou.
O major Mauro Alves dos Santos Júnior, Comandante Operacional do 33º Batalhão da Polícia Militar de Barretos foi um dos palestrantes do evento. Ele apresentou dados do desempenho operacional da segurança pública na Região de Barretos, que é a 13ª Região Administrativa do Estado de São Paulo (19 municípios).
Segundo o major, o número de flagrantes em 2017 diminuiu em comparação ao ano de 2016. Em 2016 foram realizados 976 flagrantes e no ano passado foram 934. As pessoas presas em flagrantes aumentaram de 1.273 para 1.622. Os atos inflacionais (crimes cometidos por menores de idade) diminuíram de 791 para 603. O número de menores apreendidos por atos infracionais diminuiu também passando de 863 para 798. Também diminuiu o número de condenados capturados (maiores e menores) de 548 para 483.
“Essa diminuição do número de um ano para o outro a gente pode colocar como um dos fatores a diminuição do efetivo. A gente tem menos policial trabalhando na rua. A gente vai ter menos pessoas presas, armar presas, drogas presas...”, apontou.
Porém, o número de flagrantes por tráfico de drogas aumentou de 638 para 739. Foram apreendidas menos armas de fogo (incluindo simulacro), passando de 126 para 113. Já o número de armas brancas apreendidas passou de 256 para 286. Ocorrências com drogas também diminuíram passando de 1.111 para 1.042. As drogas apreendidas passaram de 150,78 kg para 243,52 kg, um aumento de 92,74 kg.
O comandante apresentou ainda os dados criminais. Os homicídios aumentaram: em 2016 foram 16 e no ano passado foram 33, e a maioria no interior de residências entre familiares. Os latrocínios (roubos seguidos de morte) diminuíram de 3 para 2. Estupros aumentaram de 122 para 134 (90% deles acontecem dentro de casa com pais, padrastos, irmãos, tios e conhecidos da família). O número de roubos de veículos aumentou de 85 para 109. Outros tipos de roubos diminuíram de 796 para 687.
Os dados completos e o material das demais palestras estão disponíveis para baixar. Clique aqui.