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Terça-feira, 06 de setembro de 2016

Dom Milton escreve Nota sobre as Eleições Municipais

Foto | Dom Milton escreve Nota sobre as Eleições Municipais
Nota sobre as Eleições Municipais
 
Estamos em ano eleitoral e, mais uma vez, vamos escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que, por sua vez, governarão os nossos municípios pelos próximos quatro anos.
 
À primeira vista, pode parecer que as eleições municipais não têm a mesma importância que aquelas que elegem os deputados, senadores, presidente da república e vice; mas, ao contrário, elas são as “mais importantes”, porque são estes governantes que estão mais diretamente ligados a nós e são os responsáveis por criar políticas públicas capazes de atender nossas necessidades mais urgentes.
 
Além disso, serão eles também, de certa maneira, o critério político para a escolha dos que nos representarão,seja em nível Estadual, como Federal.
 
Nestes últimos anos, vimos desmantelados esquemas de corrupção que corroeram e corroem os cofres da União, dos Estados e dos municípios. Estes esquemas, presentes não só a nível nacional, mas também em outras instâncias do poder, estaduais e municipais, revelam o risco que corremos de perpetuar tal situação, quando se pratica ou incentiva a “venda” ou a “compra” de votos.
 
Aquele que vende o voto por melhoria na casa, pelo pagamento de contas, por um emprego provisório ou outros interesses pessoais, não poderá reclamar a falta de hospitais, de escolas, de emprego estável para todos, uma vez que já recebeu a sua parte. É bom lembrar sempre do ditado: “Voto não tem preço, mas tem consequência”!
 
É preciso escolher bem aqueles e aquelas que deverão governar nossos municípios procurando conhecer os ideais dos partidos, os candidatos e suas propostas de trabalho, levando em conta o histórico e a conduta moral e ética dos mesmos e, se já exercem algum cargo político, avaliar como têm correspondido às necessidades de seus municípios e, se no serviço que prestam, atendem ao Bem Comum.
 
Recordemos a Lei 9.840, aprovada no ano de 1999, que tem ajudado muito no combate à corrupção eleitoral no que se refere à compra de votos, bem como outros desvios de conduta do candidato, uma vez que prevê a cassação do registro da candidatura ou do diploma e aplicação de multa no valor aproximado de R$ 100 mil aos candidatos que praticarem a tais atos.
 
Como cristãos e cristãs exerçamos nossa cidadania procurando conhecer os que pretendem ser nossos representantes, a fim de que melhor correspondam às nossas necessidades comuns e que, ao votar, o façamos com consciência e responsabilidade, lembrando que através de nosso voto nós traçamos o futuro que queremos, não só para os nossos municípios, mas também para cada um de nós e nossas famílias.
 
Comissão Diocesana “Fé e Política” de Barretos
 
Dom Milton Kenan Junior
Bispo Diocesano
 
Imagem: thesurveytown.com

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