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Graça Lemos, candidata a prefeita de Barretos pelo PSB, apresentou ontem (29), no Centro Catequético da Paróquia Santa Ana e São Joaquim, suas propostas de governo. O encontro da candidata com a comunidade estava prevista para hoje, mas foi preciso a transferência de data.

 

“Eu digo que as minhas propostas para Barretos, em primeiro lugar, é em relação à saúde. Nós temos o compromisso de reabrir todas as UBS (Unidades Básicas de Saúde) das 7 da manhã às 23 horas”, disse a candidata justificando que, atualmente, as unidades são fechadas às 17h, com exceção à do bairro Zequinha Amendola (Barretos II). Este seria seu primeiro compromisso caso seja eleita prefeita. Discursou boa parte de sua apresentação tratando deste assunto enfatizando que haverá uma junção do Postão com as UBS na marcação das consultas.

 

Em relação ao Pronto-Socorro da Santa Casa, tanto o adulto quanto o infantil, Graça quer reabri-lo, pois, a seu ver, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) deve atender mais a população da zona sul do município. “Porque uma mãe ter que sair do Dom Bosco, do Barretos II, do São Francisco a pé para trazer (seu filho) aqui na UPA é desumano”, destacou se referindo à distância entre os bairros e que o transporte público para de circular por volta das 23h30.

 

Graça acusou o atual governo dizendo que há dinheiro depositado para as obras do Recinto Paulo de Lima Correia e que ela não é entregue, bem como a FATEC (Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo) em que a verba já está liberada há mais de cinco anos, que já foi implantada em Bebedouro, por exemplo, e que no município de Barretos ainda não é uma realidade, bem como o parque agrotecnológico que não sai do papel.

 

Garantiu que o seu secretariado será formado por pessoas moradoras na cidade com envolvimento e compromisso com o município e lembrou que o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de Barretos é um dos mais caros do Brasil.

 

 

Sobre a segurança, falou que vai implantar mais projetos sociais para a transformação social de adolescentes e jovens; a Lei Delegada, que é um convênio com a Polícia Civil e Militar em que é dobrado o número de policiais nas ruas, e que na cidade de Olímpia isso acontece muito bem; e melhorar iluminação pública onde é preciso.

 

O Turismo é para ela um fator para aumentar a geração de empregos na cidade e disse que o Recinto Paulo de Lima Correia poderia ter marcado história na época das Olimpíadas, já que o dinheiro para as obras veio, mas não foram finalizadas a tempo, e que lá pode voltar a ser realizada a exposição de gado. “O que se visita hoje em Barretos? O Parque do Peão e dá uma voltinha em volta do Hospital de Câncer (...)”, apontou destacando em seguida, mais uma vez, a cidade de Olímpia que terá até dezembro 20 mil leitos para turistas, enquanto Barretos tem somente 980 leitos. “Fala-se muito em turismo, mas não há investimento (...)”, acusou.

 

Em relação à dívida do município, Graça disse cada prefeito fica jogando a culpa no anterior, porém aumentam mais ainda essa dívida. Falou que não é boa de discurso e de retórica, mas que é uma excelente administradora, modéstia a parte, e que devido a isso conseguirá administrar melhor a dívida, e lembrou que foi secretária de Estado ajudando a administrar verbas de 19 prefeituras e que devido a isso ganharam todos os prêmios do governo estadual como melhor gestora pública. “(...) Se a gente se organizar, trabalhar certinho, a comunidade se envolver e houver transparência nós vamos fazer o melhor governo de Barretos, com a graça de Deus!”, afirmou.

 

Após a exposição, foram respondidas perguntas elaboradas pela Pastoral Fé e Política, as mesmas que foram feitas aos outros três candidatos a prefeito de Barretos, e questões de pessoas da comunidade.

 

O padre Luiz Paulo Soares, assessor diocesano da pastoral, agradeceu a disponibilidade da candidata na mudança da data de apresentação e lembrou também a dos candidatos José Geraldo (PSOL), J Faria (PHS) e Guilherme Ávila (PSDB). “A gente só tem a agradecer, na pessoa da Graça, aos demais candidatos (...) e rezar a Deus que as boas intenções e a boa prática sejam a conduta daqueles que forem eleitos e eleitas nesse pleito para os próximos quatro anos!”, finalizou.

 

“O que me move mais profundamente a ser e estar na política é a transformação. É poder mudar a vida do maior número de pessoas possível. (...) Eu me sinto uma mulher de coragem quando a política é tão masculina, quando as mulheres são tão, às vezes, discriminadas (...)”, concluiu.