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Quinta-feira, 23 de julho de 2015

HOMILIA DE D. RAYMUNDO DAMASCENO ASSIS, NA BASÍLICA DE SANTA MARIA MAIOR - ROMA, 11/11/09

Foto | HOMILIA DE D. RAYMUNDO DAMASCENO ASSIS, NA BASÍLICA DE SANTA MARIA MAIOR - ROMA, 11/11/09

A Basílica de Santa Maria Maior é a segunda igreja que nós Bispos estamos visitando nesta “visita ad limina”.

 

Este Templo foi construído pelo Papa Sixto III, logo após o Concílio Ecumênico de Éfeso, realizado em 431 e que proclamou o dogma da maternidade divina de Maria. Esta basílica é a mais antiga dedicada a Virgem Maria no ocidente. A tradição fala de uma nevada milagrosa ocorrida no verão do mês de agosto, no século IV, que teria demarcado o lugar da futura basílica e que deu origem ao nome da festa: “Nossa Senhora das Neves” celebrada no dia 5 de agosto, dia da dedicação da Basílica de Santa Maria Maior.

No calendário atual, foi retomada a designação atual “Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior” e deixado de lado a referência ao relato legendário da caída da neve. Aqui, neste lugar, venera-se, de modo especial, a imagem, o ícone mariano, invocado com o título de “Salus  Populi Romani” (Salvação do Povo Romano). Este ícone foi coroado pelo Papa Pio XII, hoje venerável, no ano de 1954, ano mariano, quando foi instituída a festa de Nossa Senhora Rainha, celebrada no dia 22 de agosto.

Hoje, nós, Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, nos fazemos peregrinos com os milhares de peregrinos que visitam esta Basílica, a mais antiga do ocidente dedicada a Nossa Senhora, Mãe de nosso Deus e nossa Mãe. Unimos-nos aos romeiros do Brasil, em Aparecida, nosso Regional, que visitam o Santuário Nossa Senhora Aparecida. Aqui estamos para invocar aquela que nos deu o “Deus conosco” e rezar pelo Papa Bento XVI, pelas nossas Igrejas locais, nossos presbíteros, consagrados/as, fiéis leigos, familiares, colaboradores, como também pelo êxito de nossa visita “ad limina”, sinal de nossa comunhão com o supremo Pastor da Igreja, o Sucessor de Pedro e com os seus colaboradores mais próximos na Sede Apostólica.

No Evangelho, João, o Evangelista, nos falou da entrega total de Jesus na cruz ao Pai no Espírito Santo pela nossa salvação e da doação de sua Mãe, a Virgem Maria, ao discípulo amado e, na sua pessoa, a entrega de sua Mãe a cada um de nós: “Eis aí tua mãe”. Estas palavras constituem a revelação de que Cristo é o primogênito de muitos irmãos: Cristo e o discípulo amado, ou seja, a Igreja, são um só ser vivo e, portanto, tem uma só e mesma Mãe. Maria, portanto, Mãe de Cristo é Mãe da Igreja, Mãe de cada um de nós. Aos cuidados maternais de Maria, Jesus entregou toda a humanidade, em especial, a cada um de nós, presbíteros, pois, João ao pé da cruz, já tinha sido ordenado no dia anterior, na ceia pascal da Quinta-feira Santa.

Após a Ascensão de Jesus aos céus, Maria se reúne com os Apóstolos e algumas mulheres, no Cenáculo, à espera da descida do Espírito Santo. A Mãe de Jesus presente no nascimento da Igreja, no Calvário, também está presente na manifestação pública da Igreja, no dia de Pentecostes.


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