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UM SÍNODO PARA TODA A IGREJA (1/5)
Nossa Igreja se encontra em processo sinodal. O papa Francisco, no entusiasmo de ver uma Igreja realmente atenta aos sinais do tempo presente, acolhendo a inspiração do Espírito Santo, quis que toda Igreja – cristãos leigos e leigas, religiosos e ordenados – percorresse um caminho de quatro anos de reflexão, escuta da realidade, oração e celebrações litúrgicas. Tal caminho culminará na 16ª Assembleia Geral ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá duas sessões: a primeira em outubro deste ano e a segunda em outubro de 2024. O tema que ilumina todo esse processo é: "Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão".
Que, desde o início do seu pontificado, o papa Francisco tem demonstrado muita clareza no desejo de realmente fazer acontecer a eclesiologia preconizada pelo Concílio Vaticano II, isso nós já o sabemos. As mudanças significativas que ele vem provocando, a começar no interior da própria instituição, bem como o impacto positivo que sua atuação causa em todo o mundo fazem-nos olhar para ele e para a Igreja com muita esperança e alegria.
A Igreja desejada pelos padres conciliares como povo de Deus a caminho, se depender do papa e dos encaminhamentos que ele vem dando, vai saindo do papel e se tornando realidade. Quanto ao desejo de um Sínodo para toda a Igreja, por várias vezes ele acenou para isso – por exemplo, quando disse que "o caminho da sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milênio" (17/10/2015). E seu pedido, na abertura deste Sínodo, foi contundente: "O Espírito pede que nos coloquemos à escuta das perguntas, preocupações, esperanças de cada Igreja, de cada povo e nação; e também à escuta do mundo, dos desafios e das mudanças que ele nos coloca. Não insonorizemos o coração, não nos blindemos nas nossas certezas. Muitas vezes, as certezas fecham-nos em nós mesmos. Escutemo-nos". (11/10/2021)