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Sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Descoberta dos restos mortais de São Francisco de Assis completa 200 anos

Foto | Descoberta dos restos mortais de São Francisco de Assis completa 200 anos
Êxtase de São Francisco de Assis - Pintura de Bartolomé Esteban Murillo
 
A descoberta dos restos mortais de São Francisco de Assis completou 200 anos na última quarta-feira (12). Achados em 1818, acabou com uma série de lendas divulgadas entre os fiéis, como a que afirmavam que o santo teria ressuscitado "assim como Cristo".
 
Em um artigo no jornal do Vaticano L'Osservatore Romano (LOR), intitulado "Uma descoberta que acabou com as lendas", Dom Felice Accrocca, historiador e especialista em estudos franciscanos, fez um relato detalhado do que aconteceu com os restos de São Francisco desde a sua morte em 03 de outubro de 1226, até a sua redescoberta em 1818.
 
O também Arcebispo de Benevente (Itália) recordou que em 16 de julho de 1228, o Papa Gregório IX se dirigiu a Assis para presidir a canonização de São Francisco e para colocar a primeira pedra da basílica dedicada ao novo santo.
 
Quando o santo morreu, explicou o Prelado, "evitaram sepultá-lo em uma catedral porque, se isso tivesse acontecido, teria sido muito difícil retirar seus restos mortais: queriam também evitar prejudicar o projeto da futura igreja".
 
Em 25 de maio de 1230, os restos do santo foram transladados à basílica dedicada a ele, onde estão até hoje, e "que segundo o desejo de Gregório IX estava sujeita apenas ao Pontífice Romano e devia ser considerada pelos frades franciscanos como ‘cabeça e mãe’”. Para administrar com notável habilidade toda a operação, esteve presente o Frei Elias (de Cortona), amigo de Francisco que liderou a Ordem Franciscana desde 1221” como vigário, para depois ser ministro geral entre 1232 e 1239.
 
"O grande temor, nesses casos, era que o corpo pudesse sofrer danos da multidão ansiosa por obter qualquer relíquia", destacou o especialista.
 
A desordem do translado fez com que os soldados responsáveis ??pela segurança isolassem o veículo no qual estava o corpo do santo, “impedindo o acesso aos frades e também aos delegados papais, para em seguida introduzir o corpo na igreja, sepultando-o em um lugar desconhecido para todos”.
 
Este fato fez com que surgissem, ao longo dos séculos, "uma infinidade de lendas que levaram algumas pessoas a inclusive defenderem a ideia de que, assim como Cristo, Francisco também teria ressuscitado".
 
Atualmente, os restos mortais de São Francisco estão na basílica inferior dedicada a ele em Assis, na Itália.
 
Fonte: ACI Digital
 

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