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Artigo do padre Ivanaldo: O Trabalho na Era do Conhecimento
Ver o mundo com novos olhos já não é mais um desafio e, sim, necessidade de primeiro grau. Todas as dimensões da vida exigem ser contempladas sob perspectivas que atendam as reais necessidades do ser humano. Uma vez que impactam diretamente na vida de todas as pessoas, as transformações no universo do trabalho merecem especial atenção, pois as rápidas mudanças no cenário organizacional das empresas exigem, igualmente, rápidas aprendizagens, respostas e condutas.
Contrapomos a era industrial, vivida até pouco tempo, à atual, era do conhecimento. Se antes o foco era a capacidade de realizar trabalhos físicos, hoje, quando o trabalho físico é realizado, em grande parte, por máquinas e o trabalho mental, os cálculos, por computadores, apresenta-se ao ser humano o desafio de encontrar-se, identificar seu espaço e desenvolver atividades que só ele é capaz de fazer.
Enquanto na sociedade industrial o objetivo era produzir o maior número de tarefas em menor tempo e custo possível, a sociedade do conhecimento preza pela satisfação do cliente, excelência nos serviços prestados, desenvolvimento de novas competências humanas e organizacionais e qualidade de vida. Ao invés do ferro e aço, é o conhecimento a matéria-prima das organizações, evidenciando, assim, o valor do ser humano.
O poder não mais pertence a quem tem posses e cargos, mas a quem tem informações e conhecimento. É preciso rever os conceitos de tempo, espaço e comando, fazendo com que as estruturas verticais, controladoras, cedam lugar às estruturas horizontais, autônomas. Hoje, o cliente é agente do processo e não mero receptor ou cobaia. O conceito de resultado ultrapassa o aspecto financeiro considerando, também, o nível de satisfação com os produtos e serviços oferecidos.
Na era do conhecimento, mais do que pensar, é preciso pensar do jeito certo. O pensamento analítico, que separa as partes, regido pela razão e a lógica não é mais suficiente para resolver problemas, devendo somar-se ao pensamento sistêmico, que considera o todo, regido pela intuição e imaginação. É fundamental considerar que o foco não está mais, unicamente, nas habilidades individuais do profissional, e sim, em sua capacidade de trabalhar em equipe.
Os desafios impostos nesta nova era requerem soluções que alinhem as competências individuais dos profissionais (conhecimento, habilidade, atitude e valor) e os direcionadores estratégicos das empresas (missão, visão e valor), exigindo, de todos, abertura ao processo contínuo de transformação. Temos um longo caminho a percorrer.
Ivanaldo Mendonça
Padre, Pós-graduado em Psicologia, Coaching
ivanpsicol@hotmail.com
Postado em 10/05/2013 às 09h26 - Imagem da Internet