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Dom Milton conhece o Educandário Sagrados Corações, entidade com 80 anos de existência em Barretos
Bispo diocesano visita Educandário Sagrados Corações e expressa o desejo de reunir representantes das Obras Sociais ligadas à diocese para iniciar uma interlocução com o poder público
Na manhã de hoje, Dom Milton Kenan Júnior conheceu o Educandário Sagrados Corações, entidade presente há 80 anos em Barretos. Foram apresentados os trabalhos desenvolvidos pela entidade que assiste cerca de 200 crianças, na faixa etária de 5 a 12 anos, desenvolvendo oficinas como Informática, Música, Pintura e Esportes. O Educandário ainda fornece alimentação e voluntários realizam trabalho para arrecadar fundos para a manutenção da entidade.
Atuando desde 1934 como entidade, o Educandário Sagrados Corações foi fundado por damas barretenses e dois anos mais tarde as Irmãs Franciscanas da Penitência vieram da Alemanha para colaborar com as ações da entidade.
Segundo a irmã Maria Bernadete Meneghello, presidente da entidade, antigamente o Educandário era conhecido como Asilo Anália Franco, depois passou para orfanato Sagrados Corações. “Em 1953, não se podia mais chamar de orfanato, passando então a se chamar Educandário Sagrados Corações, nome que leva até hoje”, relatou a religiosa que ainda disse que no início eram atendidas apenas meninas. Falou também que na década de 1970 passaram a acolher garotas da antiga FEBEM, mudando o foco do trabalho da entidade de orfanato para ações sócio-educativas. Atualmente o trabalho é desenvolvido com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. A entidade ainda manteve um trabalho como abrigo por 20 anos, encerrando as atividades no início deste ano.
Do Milton, ao conhecer o prédio e trabalho realizado, disse que antes de tudo tem que parabenizar o trabalho realizado pelas religiosas, funcionários, membros da diretoria e voluntários. “Manter uma Obra Social hoje no Brasil é de fato uma aventura, um desafio. Por isso o trabalho de vocês é benemérito, de grande valor e importância. Por outro lado a gente sabe que é um patrimônio da Igreja. Se nós católicos fossemos fazer um levantamento das obras sociais que nasceram na Igreja, que são acompanhadas por ela, a gente vai ver que elas são metade do que existem hoje em nosso país. Metade daquilo que se faz no Brasil em matéria de obras social, ainda hoje, se deve ao trabalho da Igreja com o serviço das religiosas, leigos e leigas, e padres (...)”, destacou.
O prelado ainda disse aos presentes na reunião que mesmo com toda a mudança solicitada pela legislação para que as entidades não professem um credo, mas para que sejam laicas, é preciso não perder a identidade católica. “É preciso que a entidade não perca a sua identidade que está intimamente ligada ao trabalho realizado pelas irmãs. Nem todas as entidades têm o privilégio de ter o trabalho de religiosas”, elogiou.
Finalizando, o bispo diocesano disse que este ano pretende reunir representantes de obras sociais ligadas à Igreja na diocese para começar um trabalho em comum de como iniciar uma interlocução com o poder público.
Postado em 19/02/2015 às 14h00 - Foto: Milton Figueiredo