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Chegou novamente o Natal! “Manifestou-se a graça de Deus que salva todos os homens...” (Tt 2,11).

Os anjos repetem o anúncio que fizeram aos pastores: “Dou-vos uma boa notícia, uma grande alegria para todo o povo: Hoje nasceu para vós na cidade de Davi o Salvador, o Messias e Senhor” (Lc 2,11).

 

A cada ano, Deus nos permite encher de alegria, repete-se aos nossos ouvidos a boa notícia, aquela que não é manchete dos jornais, e poucos ainda se deram conta da sua importância: Deus veio viver entre nós! Deus tornou-se nosso irmão!

 

“Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura” (Lc 2,12). Sim, o sinal é o Menino que nasceu no estábulo dos animais, que tinha somente para se aquecer alguns trapos e o hálito dos animais, pois não encontrou lugar na pousada em Belém.

 

Quem podia imaginar que aquela criança tão pobre e indefesa era o Esperado, o Prometido, o Salvador da humanidade? Deus sempre surpreende! Quão grande foi desta vez a surpresa de Deus: não chegou ostentando poder, não veio cercado de súditos, nem possui aparato militar. Podia ter nascido em Roma, ou quem sabe na casa de Herodes! Mas, não!

 

“Encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura” diz o Anjo aos pastores. O sinal é inconfundível: Deus vive entre nós como o mais pequenino.

 

Diz o apóstolo: “Deus escolheu os fracos do mundo para humilhar os fortes... Graças a ele, vós sois de Jesus, o Messias, que se tornou para vós sabedoria de Deus, justiça, consagração e redenção” (1Cor 1,27.30).

 

Aprendamos a linguagem de Deus! Descubramos neste Natal o jeito simples de Deus aproximar-se de nós! Como disse o Papa Francisco na manhã desta quinta-feira (21), num programa televisivo: “Neste mundo onde se adora tanto o deus-dinheiro, que o Natal nos ajude a olhar para a pequenez deste Deus que revirou de cabeça para baixo os valores mundanos”.

 

Aprendamos, assim, a lição do Natal: Deus escolheu a fraqueza deste mundo para nos mostrar que não importam as palavras, o que contam são os atos! Não basta o desejo, é preciso gestos. Não são necessários os bens, mas sim a bondade e a benevolência que imprimimos o que fazemos. Foi assim que Deus agiu para nos fazer vislumbrar o seu Rosto: amou-nos dando-nos tudo de Si, dando-nos a Si mesmo.

 

Meus votos de um Santo e Abençoado Natal,

 

Dom Milton Kenan Júnior

Bispo de Barretos