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Quinta-feira, 23 de julho de 2015

Monsenhor Antônio, pároco da Paróquia São João Batista de Olímpia, comemora 60 anos de ordenação

Foto | Monsenhor Antônio, pároco da Paróquia São João Batista de Olímpia, comemora 60 anos de ordenação
Por Íris Andrade

 “Deus criou um mundo sem fronteiras e, para a mensagem de Jesus tampouco existem fronteiras, por isso, se algum bispo, de algum lugar no mundo precisa de sacerdotes, eu estou à disposição” -, estas foram as palavras de Monsenhor Antônio Santcliments Torras ao bispo que lhe ordenou em 19 de julho de 1953, na Espanha. Sua vinda ao Brasil começou em 1957 com uma carta de Dom José Varani, bispo de Jaboticabal, que solicitava três padres. Haviam dois interessados e Mos. Antônio queria ser o terceiro. Chegou em 26 de junho de 1958 a Colina, e na companhia do padre José Figuls ficou cuidando das paróquias São José (Colina) e São Gabriel (Jaborandi). Em novembro de 1962, Dom José Varani o procurou notificando que o padre Antônio Traserra estava sozinho em uma paróquia grande de Olímpia, e prontamente Mons. Antônio aceita e disse: “(...) pode ter certeza que eu vou com alegria. Estou muito bem aqui, gosto de Colina. Como gostei de todos os lugares onde eu estive. Eu também gostei de Olímpia, conheço os problemas que vamos enfrentar e sei que, também, preocupam ao senhor. Não lhe prometo que vamos solucioná-los, porém posso garantir que tudo faremos para solucioná-los.”

Nestes 50 anos no município de Olímpia muitos trabalhos foram desenvolvidos junto à comunidade, entre eles: a formação religiosa nas escolas em 1963, quando o ensino religioso era obrigatório, e teve a colaboração de professores que preparavam as crianças para a primeira comunhão; fomentou a Pastoral da Juventude e com os participantes idealizou o Jornal Alvorada e um programa de Rádio, presente até os dias atuais. Com os jovens, também foi idealizado a construção da Cidade Mirim, para que os pais tivessem onde deixar os filhos, com segurança e, assim poder trabalhar; a entidade existe até hoje.

Porém, existiram certas dificuldades ao longo do percurso. Em setembro de 1965, caiu o único estuque que havia na igreja matriz e as pessoas não queriam entrar mais na igreja. A missa passou a ser celebrada no Colégio Olímpia e os batizados e casamentos nas capelas da Santa Casa e do Abrigo São José. Organizaram uma comissão que assumiu a construção de uma nova igreja matriz que teve o apoio de toda comunidade. Após a inauguração da matriz, veio a nova casa paroquial e em seguida, a irmã Angelina, que cuidava do Abrigo São João, apontou a necessidade de cuidar da melhor idade e Mons. Antônio logo se envolveu na causa. “Queria construir para eles um ambiente, se não melhor, igual ao que eu quero na minha casa. Não me conformava de que os pobres da periferia da cidade precisassem vir ao centro da cidade para cumprir os seus deveres religiosos”, contou. A cidade foi dividida em setores e logo começaram a se formar os Centros Comunitários.

Muitas atividades foram desenvolvidas e um dos orgulhos de Mons. Antônio é o tempo de dedicação na mesma paróquia. “É vivendo mais intensamente a minha vocação sacerdotal que me percebo como é indispensável a participação ativa do leigo na vida da Igreja. O trabalho do sacerdote se multiplica na medida em que só é o animador da comunidade e deixa que ela trabalhe”. 

Monsenhor Antônio lançou algumas obras, frutos de sua caminhada: o primeiro livro “Ideal em macha” por motivo do centenário da Paróquia São João Batista; "Mistério Pascal Vivo na Celebração do Ano Litúrgico", entregue na comemoração, no ano passado, pelos 50 anos de cidadão Olimpiense; e o próximo a ser lançado será o “Panorâmica da Bíblia”, para celebrar seus 60 anos de vida sacerdotal, em julho deste ano.


Postado em 24/04/2013 às 09h05 - Fotos: Arquivo

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