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Sábado, 07 de dezembro de 2024

Circular de Dezembro 2024

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Prezados (as) irmãos e irmãs,

                No final deste ano, precisamente na vigília do Natal em Roma, e no dia 29 de dezembro, solenidade da Sagrada Família nas muitas dioceses espalhadas por todo mundo, terá início um novo jubileu, como acontece a cada vinte e cinco anos.

                Na Bula “Spes non Confundit” (“A esperança não decepciona” Rm 5,5) o Papa Francisco convoca para o jubileu, que deverá se distinguir como um tempo de esperança: “Que o Jubileu seja, para todos, ocasião de reanimar a esperança!”

                Nós encontramos no livro do Levítico as prescrições relativas à celebração dos anos jubilares, que deveriam ocorrer a cada cinquenta anos (cf. Lv. 25,10). Como determina a lei mosaica, o jubileu é um tempo em que deve prevalecer a reconciliação, o perdão das dívidas, o descanso da terra (Cf. Lv. 25, 10-13).

                Quando Jesus na sinagoga de Nazaré toma o livro do profeta Isaías (Is 61, 1-3), Ele conclui o texto justamente quando o profeta diz: “para proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,19); ou seja, com Ele se inaugura um jubileu que perdura até a sua volta gloriosa.

                São Paulo escrevendo aos Coríntios diz: “Como colaboradores, também vos exortamos a não receber em vão a graça de Deus; pois ele diz: “Em tempo favorável te ouvi e no dia da salvação te socorri”. Eis agora o tempo oportuno! Eis agora o dia da salvação!” (2Cor 6, 1-2).

                Os jubileus, que tiveram início em 1300, a cada vinte e cinco anos são ocasião para relembrar-nos a graça do tempo que vivemos. Ainda São Paulo diz: “Quando veio a plenitude do tempo” (Gl 4,4). Numa linguagem mais fácil, podemos dizer que plenitude do tempo corresponde ao tempo da colheita, quando as frutas amadurecem, os campos estão verdes e, por isso, há fartura e alegria. Para o Apóstolo vivemos o tempo da fartura da graça, da benevolência, da salvação de Deus.

                A palavra anistia é a que mais corresponde ao tempo do jubileu. Isto na prática se traduz em indulgência. Conforme o Catecismo da Igreja Católica, “a indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa. O fiel bem-disposto obtém esta remissão, em determinadas condições, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, por sua autoridade, o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos” (n. 1471).

                Na Bula “Spes non Confundit”, o Papa Francisco diz que “o pecado, como sabemos por experiência pessoal, “deixa a sua marca”, traz consigo consequências; não só exteriores, como consequências do mal cometido, mas também interiores, pois “todo pecado, mesmo venial, tem uma consequência prejudicial às criaturas, a qual exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado de ‘purgatório’ (CIgC, n. 1472). Assim, na nossa débil humanidade atraída pelo mal, permanecem “efeitos residuais do pecado”. São tirados pela indulgência, sempre por graça de Cristo, o qual, como escreveu São Paulo VI, é ‘a nossa indulgência’ ” (n. 23).

                As condições para a obtenção das indulgências são a confissão sacramental, a comunhão eucarística, a recitação da Profissão de fé, da Oração do Senhor o “Pai nosso” e uma oração nas intenções do Papa. Podemos dizer que as indulgências são uma obra a mais, além daquelas que decorrem do sacramento do perdão, como demonstração do desejo sincero de conversão e mudança de vida.

                Estas condições deverão ser cumpridas nas igrejas determinadas pelo Sumo Pontífice ou pelos Bispos diocesanos. No nosso caso, na Catedral Diocesana do Divino Espírito Santo, nos Santuários Diocesanos de Nossa Senhora do Rosário, em Barretos, e Nossa Senhora Aparecida em Olímpia, nas Igrejas Matriz de São José em Morro Agudo e São Miguel Arcanjo em Miguelópolis.

Elas também poderão ser obtidas na prática das obras de misericórdia espirituais ou corporais; e aqueles que são impedidos de participar ou dirigir-se a algum dos locais estabelecidos por motivo de idade avançada, doença ou detenção, poderão obtê-las particularmente unindo-se espiritualmente ao Papa ou aos Bispos nos momentos em que são transmitidas pelos meios de comunicação social, ou pelas redes sociais.

                As indulgências poderão ser obtidas em todos os dias do ano jubilar, apenas uma vez ao dia, podendo ser aplicada aos fiéis falecidos.

                Na tarde do dia 29 de dezembro de 2024 iniciaremos o ano jubilar em nossa Diocese com a celebração eucarística na Catedral do Divino Espírito Santo, às 15h. Esta celebração será transmitida pelas redes sociais da Diocese, possibilitando que, aqueles e aquelas que estiverem impedidos de participar fisicamente, o façam virtualmente.

                O Papa Francisco nos convida a nos colocar em caminho como “peregrinos da esperança”: renovados pela graça divina, possamos nos tornar testemunhas do amor de Deus no nosso tempo, renovando a esperança daqueles que vivem sem esperança pelo nosso testemunho e nosso compromisso com o amor, a verdade e a paz!

 

Dom Milton Kenan Júnior

Bispo de Barretos

 

AGENDA EPISCOPAL

Dezembro 2024

6 – Missa com Crismas na Igreja de S. José, no Bairro Vida Nova em Barretos, às 19h30.

7 – Missa com Crismas na Igreja Matriz de S. Judas e S. Expedito em Olímpia, às 19h30.

8 – Missa com instituição dos ministérios de leitor e acólito na Catedral Diocesana do Divino Espírito Santo, às 10h.

        Missa no Retiro de casais, na Cidade Mirim, em Olímpia, às 16h.

9 – Confraternização do Clero

       Missa em ação de graças pela conclusão do ano letivo da Escola de Teologia de Leigos “Santo Tomás de Aquino” e apresentação do Grupo de Cantos “Paráclito” na Catedral Diocesana Divino Espírito Santo, em Barretos, às 20h.

10 – Reunião do Conselho de Presbíteros, na Residência Episcopal, às 9h.

       Missa com Crismas da Paróquia N. Sra. Ap. (Minibasílica), na Catedral, às 19h30.

11 – Missa com Crismas da Paróquia N. Sra. Ap. (Minibasílica), na Catedral, às 19h30.

13 – Missa com Crismas na Igreja Matriz de S. Benedito, às 19h30.

14 – Missa com Crismas na Igreja Matriz de S. João Batista., em Olímpia, às 19h30

15 – Missa na Concentração do Terço dos Homens, na Igreja Matriz de N. Sra. Aparecida, em Guaíra, às 11h.

          Missa com Crismas na Igreja Matriz de S. Gabriel, em Jaborandi, às 19h.

20 – Missa com Ordenação presbiteral do Diácono William Ricardo Santos dos Reis, na Igreja Matriz de São José em Morro Agudo, às 19h30.

21 – Missa Campal em Severínia, às 19h.

24 – Missa da Vigília do Natal, na Catedral do Divino Espírito Santo, em Barretos, às 20h.

25 – Missa do Natal, na Catedral do Divino Espírito Santo, em Barretos, às 10h.

29 – Missa de Abertura Diocesana do Jubileu da Esperança, na Catedral do Divino Espírito Santo, às 15h.


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